quinta-feira, 22 de novembro de 2012

PCdoB com maior protagonismo e atitude - Que fazer no pós-eleição


1 - O Comitê Municipal do PCdoB/Macapá diante da batalha eleitoral de 2012 e dos resultados obtidos, examina os fatores da força e das insuficiências e traça o planejamento das novas tarefas partidárias. Deve ser dada uma especial análise aos esforços de possuir pela primeira vez uma candidatura majoritária própria.
2 - Em meados de 2011 nos processos de conferencias partidária foi formulado a intenção de termos candidatura própria para Prefeitura de Macapá, proposição esta, advinda do resultado eleitoral de 2010 que demonstrou fragilidade na unidade partidária, tornando essa a principal tarefa para a direção partidária no Estado, além das metas de eleger 12 vereadores e 3 Prefeitos.
3 - Participamos do pleito numa frente de dois partidos, o PCdoB e PRB tendo a cabeça de chapa o camarada Evandro Milhomen (Deputado Federal) e uma chapa de 22 vereadores (sendo 16 do PCdoB e 6 do PRB), em cenário a priori que não demonstrava polarização de projetos eleitorais, em função do grande desgaste enfrentado pelo atual Prefeito Roberto Góes que vinha a reeleição e pelo Governo do Estado que tinha como candidata Cristina Almeida (Deputada Estadual).
4 - O Processo eleitoral se inicia com 6 candidaturas majoritárias: Milhomen-PCdoB, Clécio-PSOL, Cristina-PSB, Genival-PSTU, Davi-DEM e Roberto-PDT ao sair a primeira pesquisa do IBOPE onde demonstrou uma tendência a polarizar e a formação de um campo alternativo composta ai por Clécio e Davi retirando a possibilidade de quaisquer outras forças emergirem. Sabíamos que tal pesquisa havia sido manipulada, causando prejuízo que resultou na votação de nossa candidatura de 1,54% (3.154 votos).
5 - Por conseguinte, a chapa de vereadores também não conseguiu atingir o quociente eleitoral que foi de 8.873 votos (4,35%), obtivemos somente 7.885 votos (3,86%), derrota essa também atribuída às precárias condições matérias partidária e dos próprios candidatos. Soma-se, a não constituição política-organizacional do Comitê Municipal que se dispersou e não conseguiu realizar uma intervenção através das OB’s.
6 - No 2° turno temos então, Roberto Góes-PDT e Clécio-PSOL. O Partido tendo clareza do antagonismo dos dois projetos em disputa opta pela candidatura do PSOL que sai vitoriosa com um pouco mais de 1% de diferença.
7 - A vitória do campo das esquerdas (o Novo) para Macapá nos trás reflexões e tarefas imediatas tendo vista a margem estreita obtida. Reflexões: como governar não tendo maioria na Câmara Municipal? Como formar uma base social, sem ocorrer cooptação institucional? Como formar uma coalizão tendo o PSOL como partido principal e não exclusivo? Tarefas: Funcionamento dos postos de saúde, Limpeza da cidade, descentralização administrativa, agilidade na expedição de documentos e outros.
8 - O resultado eleitoral apresenta para o Partido um planejamento associado à definição do papel e lugar do partido na administração com vistas a acumular expressão política e social que favoreçam o cumprimento do programa vitorioso nas urnas e propiciar maior força partidária a serviço do projeto definido. Por tanto, o êxito do Governo de Clécio Luis se torna centralidade juntamente com o fortalecimento orgânico, institucional e político do PCdoB em Macapá.
9 - Esse esforço, aliado a uma maior intervenção nos movimentos sociais e maior influencias na luta de ideias em um pequeno espaço de tempo podemos transformar Macapá em uma cidade modelo de democracia-participativa, limpa, organizada, moderna, de acessibilidade e social-ambiental e economicamente justa e para alcançar esses objetivos é necessário conhecer mais e melhor Macapá, sua pujança e desigualdades, suas contradições, impasses, problemas e potencialidades.
10 - Mesmo obtendo um resultado eleitoral insatisfatório nossa agremiação sai fortalecida e revigorada, nossa tarefa principal “a unidade partidária” em torno do projeto eleitoral foi mantida até o fim mesmo com todos os percalços, filiamos mais de 50 lideranças sociais, políticas e intelectuais de Macapá, tendo destaque especial a mulheres e jovens, professores, trabalhadores informais e militantes de movimento LGBT.
11 - Tornando imprescindível realizarmos atividades e organizarmos esses novos camaradas nas tarefas partidária tendo em vista o 13° Congresso Nacional do Partido no final de 2013.
Macapá-AP, 21 de novembro de 2012

Evandro Freitas Siqueira
Comitê Municipal de Macapá

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