1 - O Comitê
Municipal do PCdoB/Macapá diante da batalha eleitoral de 2012 e dos resultados
obtidos, examina os fatores da
força e das insuficiências e traça o planejamento das novas tarefas
partidárias. Deve ser dada uma especial análise aos esforços de possuir pela
primeira vez uma candidatura majoritária própria.
2 - Em meados de 2011 nos processos
de conferencias partidária foi formulado a intenção de termos candidatura
própria para Prefeitura de Macapá, proposição esta, advinda do resultado eleitoral
de 2010 que demonstrou fragilidade na unidade partidária, tornando essa a
principal tarefa para a direção partidária no Estado, além das metas de eleger
12 vereadores e 3 Prefeitos.
3 - Participamos do pleito numa
frente de dois partidos, o PCdoB e PRB tendo a cabeça de chapa o camarada
Evandro Milhomen (Deputado Federal) e uma chapa de 22 vereadores (sendo 16 do
PCdoB e 6 do PRB), em cenário a priori que não demonstrava polarização de
projetos eleitorais, em função do grande desgaste enfrentado pelo atual Prefeito
Roberto Góes que vinha a reeleição e pelo Governo do Estado que tinha como
candidata Cristina Almeida (Deputada Estadual).
4 - O Processo eleitoral se inicia
com 6 candidaturas majoritárias: Milhomen-PCdoB, Clécio-PSOL, Cristina-PSB,
Genival-PSTU, Davi-DEM e Roberto-PDT ao sair a primeira pesquisa do IBOPE onde
demonstrou uma tendência a polarizar e a formação de um campo alternativo
composta ai por Clécio e Davi retirando a possibilidade de quaisquer outras
forças emergirem. Sabíamos que tal pesquisa havia sido manipulada, causando
prejuízo que resultou na votação de nossa candidatura de 1,54% (3.154 votos).
5 - Por conseguinte, a chapa de
vereadores também não conseguiu atingir o quociente eleitoral que foi de 8.873
votos (4,35%), obtivemos somente 7.885 votos (3,86%), derrota essa também atribuída
às precárias condições matérias partidária e dos próprios candidatos. Soma-se,
a não constituição política-organizacional do Comitê Municipal que se dispersou
e não conseguiu realizar uma intervenção através das OB’s.
6 - No 2° turno temos então,
Roberto Góes-PDT e Clécio-PSOL. O Partido tendo clareza do antagonismo dos dois
projetos em disputa opta pela candidatura do PSOL que sai vitoriosa com um
pouco mais de 1% de diferença.
7 - A vitória do campo das
esquerdas (o Novo) para Macapá nos trás reflexões e tarefas imediatas tendo
vista a margem estreita obtida. Reflexões: como governar não tendo maioria na
Câmara Municipal? Como formar uma base social, sem ocorrer cooptação
institucional? Como formar uma coalizão tendo o PSOL como partido principal e
não exclusivo? Tarefas: Funcionamento dos postos de saúde, Limpeza da cidade,
descentralização administrativa, agilidade na expedição de documentos e outros.
8 - O resultado eleitoral
apresenta para o Partido um planejamento associado à definição do papel e lugar
do partido na administração com vistas a acumular expressão política e social
que favoreçam o cumprimento do programa vitorioso nas urnas e propiciar maior
força partidária a serviço do projeto definido. Por tanto, o êxito do Governo
de Clécio Luis se torna centralidade juntamente com o fortalecimento orgânico, institucional
e político do PCdoB em Macapá.
9 - Esse esforço, aliado a uma
maior intervenção nos movimentos sociais e maior influencias na luta de ideias
em um pequeno espaço de tempo podemos transformar Macapá em uma cidade modelo
de democracia-participativa, limpa, organizada, moderna, de acessibilidade e
social-ambiental e economicamente justa e para alcançar esses objetivos é
necessário conhecer mais e melhor Macapá, sua pujança e desigualdades, suas
contradições, impasses, problemas e potencialidades.
10 - Mesmo obtendo um resultado
eleitoral insatisfatório nossa agremiação sai fortalecida e revigorada, nossa
tarefa principal “a unidade partidária” em torno do projeto eleitoral foi
mantida até o fim mesmo com todos os percalços, filiamos mais de 50 lideranças
sociais, políticas e intelectuais de Macapá, tendo destaque especial a mulheres
e jovens, professores, trabalhadores informais e militantes de movimento LGBT.
11 - Tornando imprescindível
realizarmos atividades e organizarmos esses novos camaradas nas tarefas
partidária tendo em vista o 13° Congresso Nacional do Partido no final de 2013.
Macapá-AP, 21 de novembro de 2012
Evandro Freitas Siqueira
Comitê
Municipal de Macapá
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